domingo, 26 de junho de 2011

Curando as emoções feridas.

Pr José Gomes de Freitas
Texto: Pv 4.23
I. O QUE É CURA INTERIOR?
É a cura do nosso homem interior (II. Co 4:16). É a cura da mente, emoções e vontade. É a cura de lembranças desagradáveis, situações constrangedoras, de sonhos e pesadelos que se tornaram em terríveis fardos, extremamente difíceis de se carregar.
É o processo pelo qual , por meio da oração e de um processo de conscientização da nossa situação, somos libertos de sentimentos de rejeição, auto piedade, depressão, culpa, medo, tristeza, ódio, complexo de inferioridade, auto- condenação, senso de desvalor etc.
II. ENTENDENDO A NOSSA ESTRUTURA.
Somos uma tricotomia ( I Ts. 5:23; Hb. 4:12; Gn. 2:7).
Somos um espírito. Com ele conhecemos, mantemos comunhão e adoramos a Deus. ( Jo 4:24-25).
Possuímos uma alma – com ela conhecemos a nós mesmo.
Habitamos em um corpo – com ele conhecemos o mundo físico.
III. O PLANO ORIGINAL DE DEUS (Gn 1:16-28).
Deus é um Deus de planos e de visões, este vasto universo, não é obra do acaso, é obra de uma mente sábia que o planejou de uma forma ordenada. Ele viu em sua mente todas as estrelas, astros, planetas, rios, oceanos, montanhas, dunas, areia, seres de todas as espécies. Então ele foi trazendo a existência todas as coisas pelo poder da sua palavra (bara).
Deus criou todas as coisas com uma capacidade oculta para sua auto-realização. O relato da Bíblia sobre a criação afirma que a semente de todas as coisas está nelas mesmas para produzir de acordo com a sua espécie (Gn 1:12). Toda a criação possui a habilidade intrínseca para ser tudo o que supostamente deve ser:
em cada semente há uma floresta,
em cada peixe, um cardume,
em cada ave, um bando,
em cada vaca, uma manada,
em cada menina, uma mulher,
em cada menino um homem,
em cada homem, uma nação.
Ao formar o homem, Deus, lhe ordenou as seguintes coisas:
Crescei, Multiplicai,Frutificai,Dominai.
O homem criado segundo a imagem e semelhança de Deus era regido por princípios espirituais.
Deus se comunicava diariamente, na viração do dia, com o homem, obra de sua mãos. O homem recebia as orientações de Deus em seu espírito, a alma recebia o comando e o corpo obedecia. Havia uma comunhão de amor entre criatura e criador.
Porém um dia, a mulher resolveu dar ouvidos a serpente, foi enganada, seduzida e dominada pela concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e pela soberba da vida. Desobedeceu a Deus juntamente com o seu marido, afastaram-se do plano original de Deus para as suas vidas e experimentaram o sabor amargo da morte (Rm 5:12).
De acordo com a Bíblia, o homem se tronou instrumento de queda, então legalmente, um homem deve ser instrumento de redenção. Mas aqui surge um problema. É que o homem vendeu-se a escravidão do pecado, e cada semente produz de acordo com a sua espécie. Adão pecou e ficou com a sua semente corrompida e todos os seus descendentes já nascem no pecado, com as marcas da natureza de satanás. Como encontra um homem que se coloque entre Deus e os demais homens?
É aqui (Gn 3:15) que Deus estabelece um maravilhoso plano, pelo qual geraria na terra um filho que seria ao mesmo tempo filho do homem, com direito legal de operar na terra, e filho de Deus, sem as marcas do pecado, com direito legal de operar no céu.
Como Deus, ele coloca as mãos no ombro de Deus e, como homem, coloca a mão no ombro do homem e se torna mediador adequado, que tanto leva o homem a Deus, quanto traz Deus ao homem.
Em Gênesis 3.15, Deus estava dizendo o seguinte: trarei á terra um outro filho gerado da minha semente. Mas ele nascerá como todos os filhos dos homens, de mulher .
Plantarei numa mulher a minha semente e trarei a terra meu filho que quebrará a aliança feita pelo homem com satanás; os filhos dos homens poderão ser inimigos da serpente e reconciliar-se com seu criador por meio dele.
Os tempos passam e o momento esperado chega. O anjo Gabriel desce da presença de Deus e se apresenta a uma da virgens de Israel, e oferece a semente de Deus que é a sua palavra, dizendo: (Lc. 1:31-35).
Como filho do homem Jesus tomou o lugar do homem e lhe garantiu acesso a presença de Deus. ( a troca do calvário 2 Co 5:21).
Na cruz do calvário, Jesus dá um grande brado: está consumado – Tetelestai a obra foi completa ( Agorazo,Exagorazo e Lutroo).
Em Jesus, o homem pode ser gerado de novo aleluia!
        IV. COMO A SALVAÇÃO É OPERADA EM NÓS?
Simplificando: a Bíblia nos ensina que o homem é salvo, está sendo salvo e será salvo. Vejamos:
A salvação se manifesta em nosso espírito pelo milagre do novo nascimento (Jo 3:1-8). É aqui onde tudo se faz novo (2 Co 5:17).
Nascer de novo significa receber a vida de Deus em nosso espírito.
Existem três palavras diferentes no grego para designar vida:
·         bios – refere-se aos meios de vida ou subsistência
·         psique – refere-se a vida animada do homem sua vida natural ou a vida da alma.
·         Zoe – é a vida mais elevada, a vida de Deus que é plantada em nosso espirito.
As pessoas que nasceram de novo tem dois ainda grandes desafios:
·         renovação da mente (Rm 12:1-2)
·         disciplina do corpo (I Co 9:27).
A alma se constitui de mente emoções e vontade.
A mente é a sede da alma. Ela é um campo de batalha. Ë aqui onde nós vencemos as lutas ou somos vencidos (II. Co 10:3-5). O inimigo se utilizará de imagens, pensamentos e desejos a fim de conduzir-me a queda. É exatamente por isso que Paulo diz que devemos renovar a nossa mente.
A vontade pode ser enfraquecida por causa das rachaduras que existem nas muralhas da nossa personalidade.
As emoções podem ser dominadas por traumas profundos que impedem o nosso crescimento emocional.
Muitos crentes vivem se questionando: Eu já aceitei a Jesus como o meu salvador, sei que nasci de novo, tenho certeza de vida eterna. Por que então ainda sinto tantos sentimentos contrários a palavra de Deus dominarem a minha vida?
A restauração não é algo recebido automaticamente quando recebemos Jesus como o nosso Salvador e Senhor. Nosso corpo não é transformado quando somos salvos. Nosso Q.I. não dá um pulo. Igualmente, nosso problemas emocionais, nossas feridas e traumas do passado não somem simplesmente.
A restauração não é algo recebido automaticamente quando somos batizados ou ungidos pelo Espírito Santo. O Espírito Santo nos dá mais poder, sentimos o renovo em nosso espírito, mas ainda precisamos de um processo de restauração que atinja nossas feridas.
A restauração não vem por meio de reconhecer nossa necessidade dela. Isso é o primeiro passo, sem dúvida. Mas da mesma forma que reconhecer que temos câncer não resolve nosso problema, simplesmente reconhecer que temos traumas emocionais não é suficiente.
A restauração tipicamente não é ministrada por um psicólogo, ainda que passemos por meses de aconselhamento. O psicólogo ou psiquiatra pode ajudar-nos a entender verdades chaves para a nossa vida, mas, com algumas exceções, é mas um facilitador do que um conselheiro que entra ativamente na alma da pessoa e acompanha, de dentro para fora, a dor e o mover curador do Espírito.
        V. EXISTE BASE BÍBLICA PARA SE REALIZAR CURA INTERIOR?
No livro do profeta Isaias 53:5 Diz que Jesus quer salvar-nos dos nossos pecados (isso fala de cura espiritual), quer que tenhamos paz (cura interior), quer que fiquemos livres de dores e de doenças (cura física). Ele quer que todo nosso ser seja perfeito.
João 14:27 Mostra que o resultado da cura interior é a paz com Deus (Fp 4:7; Sl 121:7). O grande mal para alma é quando ela perde o seu poder de sentir, de querer, de se dar, se solidarizar, ser responsiva a vida.
Gênesis 17:1 Deus se manifesta como ELSHADAY = grande dos grandes e ao mesmo tempo é ama ou mama ele se oferece para ser como uma mãe que acalenta Abraão
        VI. COMO SABER SE PRECISO DE CURA INTERIOR?
Dando crédito a Bíblia que diz que preciso de uma mente renovada (Rm 12:2; Tg 1:21; Sl 19:7; 119:11).
Percebendo a dor de lembranças. Quando você se lembra de uma situação desagradável, sente dor, é porque a ferida ainda não cicatrizou.
A dor na alma se apresenta de várias formas: nojo ,raiva, angustia, ansiedade, medo, vergonha
Percebendo comportamentos limitadores ou sintomas.
Há feridas para as quais não percebemos uma dor consciente, mas podemos classificar como limitador, que é um comportamento pouco sadio na área em que fomos feridos. Vejamos alguns tipos de feridas na alma, expressas por comportamentos limitadores.
·         Viver ameaçando
·         Viver chantageando
·         Sentir-se constantemente confuso
·         Jamais admitir erros
·         Racionalizar todas as situações
·         Sentir prazer no infortúnio do outro
·         Desqualificar o sucesso do outro
·         Não Ter sonhos, aspirações
·         Desconfiar sempre e de todos
·         Ser hipocondríaco
·         Ser ciumento
·         Ser triste
·         Ser risonho demais
·         Comprar compulsivamente
·         Possuir dinheiro e não usufruir dele
·         Gastar o que não tem
·         Ter dificuldade para dizer não
·         Sentir-se sem mérito diante de elogios
·         Viver sob angustia
·         Ter vontade enfraquecida
·         Pensar que o mundo arquiteta contra si
·         Ter timidez paralisante
·         Ter pesadelos constantes
·         Não Ter prazer sexual no casamento
        VII. SITUAÇÕES QUE  GERAM FERIDAS NO MUNDO DAS   EMOÇÕES.
    REJEIÇÃO
A rejeição é um sentimento de que não somos amados, aceitos ou bem-vindos, sentimo-nos ignorados por aqueles que nos rodeiam. A pessoa rejeitada sempre interpreta mal as atitudes do seu próximo. Ela sempre tem a sensação de que as pessoas a sua volta criam situações para desprezá-la. Ela diz sim quando deveria dizer não e não quando deveria dizer sim. 
A rejeição é uma das maiores portas de acesso a cadeias, correntes, grilhões e demônios. Este sentimento vem através de várias situações, tais como:
a. O nome próprio. Ex. Trifolino (um nome extremamente esquisito);
b. Morte do pai, da mãe ou de ambos. Inconscientemente a pessoa toma como rejeição a si;
c. Gravidez indesejada. Imagine a situação de uma criança que veio ao mundo como fruto de um estupro;
d. Divórcio. Esta é uma arma poderosa nas mãos do diabo, que tem causado grandes estragos no seio das famílias;
e. Preferência dos pais. Ex. os pais elogiam um filho publicamente e consideram o outro a ovelha negra da família;
f. Rejeição no casamento. Ex. o marido rejeita a esposa porque está gorda, fala-lhe coisas desagradáveis, há traições, humilhações, etc;
g. Profecias auto-realizadoras. Palavras são como sementes, que uma vez semeadas, produzirão frutos conforme a sua espécie, ou seja, produzirão bênçãos ou maldições;
h. Apelidos referindo-se a possíveis deformações (orelhudo, nariz de bruxa, farinha mofada, bruaca da Lili Bolero);
i. Xingamentos. 
    ABUSOS SEXUAIS
Provocados por vizinhos, pai, mãe, tio, primo, prima, empregadas, etc. A maioria dos abusos sexuais no mundo acontecem no seio familiar.
   DESVIOS SEXUAIS
Estes podem acontecer como frutos de distúrbios psicológicos ou por intervenção direta de espíritos malignos, ocasionando as seguintes situações que geram distúrbios na personalidade:
a. Anafrodisia, frigidez e erotismo: são diminuição do instinto sexual, sendo a primeira no homem e a segunda na mulher. Erotismo é o aumento desordenado dos instintos sexuais;
b. Auto-erotismo ou coito psíquico. Uma simples figura ou um pequeno contato desencadeia grande estimulação sexual;
c. Narcisismo. Admiração exagerada pelo próprio corpo;
d. Exibicionismo. desejo profundo de exibir os genitais;
e. Bestialismo. Relação sexual com animais;
f. Pedofilia. Atração sexual por crianças;
g. Homossexualismo. Atração sexual por pessoas do mesmo sexo;
h. Transexualismo. Mudança de sexo;
i. Necrofilia. Praticar sexo com cadáver.
        VIII. COMO RECEBER A CURA PARA OS TRAUMAS EMOCIONAIS
a. Reconhecendo que precisa de cura;
b. Crer que qualquer comportamento limitador pode ser modificado;
c. Entrando em contato com lembranças dolorosas;
d. Externar lembranças desagradáveis e comportamentos limitadores.


CONCLUSÃO
Jesus é o maior dos médicos, o maior psicólogo, o mais conceituado psicanalista, o mais célebre psiquiatra que há no universo. Somente Ele pode curar-nos plenamente. Ele deseja sarar nossas tristezas e mágoas, deseja curar a nossa memória, onde havia confusão de espírito, Ele quer introduzir serenidade, onde houve medo, Ele está ansioso para nos conceder uma mente sã. Ele quer restabelecer relacionamentos partidos, quebrados, destruídos e desestruturados, quer reerguer casamentos desmoronados. Quer que sejamos capazes de amar os outros como gostaríamos de ser amados; e perdoar como desejamos ser perdoados. Ele quer que sejamos aquele indivíduo que Ele tinha em mente quando nos criou.  Amém!       
 
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sexta-feira, 24 de junho de 2011

TEXTO: SALMOS 104:30
ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO.
         A doutrina do Espírito Santo é básica na revelação do novo testamento e fundamental na vida do homem que nasceu de novo e experimentou a vida de Deus em seu Espírito. Infelizmente,  alguns aspectos da doutrina, especialmente aqueles relacionados com a experiência prática do cristão, tem servido de motivo para discórdia e até sisões no meio do arraial do povo de Deus. É preciso interpretar a verdade acerca do Espírito Santo a luz do ensino claro e uniforme da palavra de Deus, com humildade e dependência dele mesmo, procurando diligentemente guardar a unidade do espírito, no vínculo da paz (Ef 4:3). O nosso objetivo é oferecer ao povo de Deus algumas orientações importantes, sobre a pessoa e obra do Espírito Santo. Creio que a igreja do Senhor será profundamente edificada através do estudo criterioso a respeito da terceira pessoa da trindade. Pretendo  apresentar neste  trabalho as seguintes coisas:
         A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO.
        I       O ESPÍRITO SANTO É DEUS PORQUE SUA NATUREZA É DIVINA.
A natureza básica essencial da divindade é espírito. Em João 4:24 Jesus fala da natureza essencial de Deus, e afirma que Deus é espírito, e o Espírito Santo é o Espírito de Deus, e conseqüentemente tem a mesma natureza divina, portanto, podemos afirmar que ele é da mesma substância essencial da divindade.
Os arianos, no quarto século, negaram a divindade de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Segundo eles, o Filho é primeira criatura do pai, e o Espírito Santo é a primeira criatura do filho. A igualdade essencial do Filho e do Espírito com o pai foi sacrificada a fim de conservar a unidade divina.
         Para combater o arianismo,  realizou-se o Concílio de Nicéia, em 325 d.C. o Concílio foi um acontecimento impressionante, um dos grandes marcos da vida da Igreja. Acorreram Bispos da Ásia Menor, Palestina, Egito, Síria, e até Bispos de fora do Império Romano, ou seja, de todos os lugares onde a Cristandade tinha se estabelecido com vigor, como a longínqua Índia e a Mesopotâmia, além de delegados da África do Norte. O Papa Silvestre, Bispo de Roma que já estava ancião e impossibilitado de comparecer pessoalmente, mandara dois presbíteros como seus delegados. Estiveram presentes ao Concílio 320 Bispos, mais grande número de presbíteros, diáconos e leigos. Por maioria quase absoluta (apenas dois Bispos não quiseram firmar a resolução final) foi redigido o Credo de Nicéia que confirmava a verdade em que a Cristandade unida, à exceção dos seguidores de Ário, sempre acreditara: Jesus Cristo, Deus Encarnado, é ponto fundamental do Cristianismo. O próprio Credo, a seguir, estabeleceria o conteúdo da fé da Igreja. Ali ficou decidido que o Filho é da mesma essência daí Pai (co-essencial com o Pai). Atanásio (c.295-373), um dos principais opositores de Ário, declarou: “Existe então uma Trindade, santa e completa, que confessamos como Deus em [as pessoas do] Pai, Filho e Espírito Santo, o qual não contém nada estranho ou externo mesclado com sigo mesmo, nem é composto de um que cria e outro que foi criado, pois todos são criadores; possui uma só essência, em sua natureza divisível, sendo sua atividade una. O Pai faz tudo através do Verbo [e] no Espírito. Logo, a unidade do Santo Triúno é preservada. Assim, um só Deus é pregado na Igreja, “o qual é sobre todos (Ef 4.6), age por meio de todos e está em todos”... É uma Trindade não apenas no nome e na maneira de falar, mais em verdade e realidade”. Veja como ficou redigido o credo de Nicéia:

O Credo de Nicéia

O Sínodo de Nicéia firmou este Credo:

«Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, 
criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, 
o Filho de Deus, 
unigênito do Pai, 
da substância do Pai; 
Luz de Luz, 
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, 
gerado, não criado, 
consubstancial ao Pai; 
por quem foram criadas todas as coisas que estão no céu ou na terra.
O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu (do céu), 
se encarnou e se fez homem.
Padeceu e ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao céu.
Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos.
E (cremos) no Espírito Santo.
E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia,
ou que antes que fosse gerado ele não existia, 
ou que ele foi criado daquilo que não existia,
ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai), 
ou que ele é uma criatura, 
ou sujeito à mudança ou transformação, 
todos os que falem assim, 
são anatematizados pela Igreja Católica e Apostólica.»
                Você não gostaria de discutir com a classe alguns pontos importantes sobre o credo de Nicéia?


II.      ELE É DEUS PORQUE ESTAVA PRESENTE NA CRIAÇÃO.
        Ele tirou as coisas do nada, do vazio, e do vazio fez o universo (Gn 1:1-2).
O Espírito é a pessoa divina por meio da qual Deus Pai infunde a vida, conserva, renova e conduz à realização. - No Antigo Testamento, Deus cria por meio da Sua Palavra (O Verbo, o Cristo), mas o seu “Sopro” (Espírito Santo) será o protagonista da criação. Veja Gn 1.7.16.25.26: O espírito santo é a Pessoa divina por meio da qual Deus Pai infunde em nós a vida.
Os cristãos dos primeiros séculos foram particularmente sensíveis a esta verdade. Ambrósio afirma que a Escritura “não somente ensinou que sem o Espírito nenhuma criatura pode perdurar, mas também que o Espírito é o criador de toda criatura. E quem poderia negar que seja obra do Espírito Santo a criação da terra, se é obra do Espírito a sua renovação?”.  Atanásio diz que “todo o bem desce do Pai, por meio do Filho, e chega até nós no Espírito Santo”
.A afirmação de que tudo foi criado no Espírito significa que toda a criação está marcada pela bondade divina. Geralmente se afirma que Deus criou todos os seres com um ato livre e amoroso de Sua vontade. A Criação é o transbordamento livre e gratuito da eterna dinâmica de Amor entre o Pai e o Filho, cujo laço é o Espírito Santo. Assim, como não poderia ser o Espírito Santo, o doador da Vida, se é Ele mesmo esta vida?
 O Espírito Santo não é somente a testemunha direta do recíproco amor entre o Pai e o Filho, do qual deriva toda a obra da Criação, mas é Ele próprio esse Amor. Ambrósio afirma que não somente o Espírito colabora com o Pai e o Filho na criação do mundo, mas é Aquele que, como um artista divino, põe ordem no mundo, tornando-o belo. Os primeiros exegetas e escritores da Igreja viam o mundo como um sacramento, sinal vivo e que remete àquele que o criou e sustenta. Basílio afirma: “Quero despertar em ti uma profunda admiração pela criação, a fim de que em todo lugar, contemplando as plantas e as flores, sejas tomado por uma viva lembrança do Criador.
 Assim é que, para a tradição da Igreja, devemos contemplar o mundo com os sentidos espirituais, superando a exterioridade das coisas para aí se descobrir Deus, e o Seu desígnio de amor para nós. É necessário readquirir o coração puro, para vislumbrar na natureza a providência divina feita de amor e sabedoria.

         O verso dois do primeiro capitulo de Genesis, apresenta um quadro de calamidade, de caos, de trevas, de melancolia, mas em meio a essa situação calamitosa, eis que surge uma cena maravilhosa. O Espírito de Deus  pairava sobre a face das águas. Ou seja, o Espírito se manifesta incubando sobre as águas, chocando-as, dando vida ao universo. E de repente, surge à beleza, a limpeza, a abundância, a vida. Tudo foi criado pelo poder do Espírito Santo.  – “O Espírito de Deus me fez, e a inspiração  do Todo-Poderoso me deu vida”.

III.    ELE É O PRESERVADOR DA VIDA POR ISSO É DEUS. 
          Em Jó 34:14,15 encontramos uma das mais belas e significativas afirmações bíblicas a esse respeito: “Se ele pusesse o seu coração contra o homem, e recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego. Toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó” O que o texto está dizendo é que quem energiza, quem sustenta toda vida,  quem mantém os corações latejando, o sangue correndo; quem preserva a fotossíntese dos vegetais; enfim, quem mantém vivo tudo que tem vida em todo o universo, é o Espírito de Deus.
 Como este ser onisciente e cheio de graça criou todas as coisas, assim Ele sustenta todas as coisas. Ele é o preservador bem como o criador de todas as coisas que existem. “Ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder,” isto é, pela sua poderosa palavra.
É lógico que Ele conhece todas as coisas que fez e todas as coisas que preserva de momento a momento; do contrário Ele não poderia preservá-las nem continuar a dar-lhes o ser que lhes tinha dado. Não é estranho que aquele que é onipresente, que “enche o céu e a terra,” que está em todo lugar, veja o que está em todo lugar onde Ele está intimamente presente.
 Se os olhos dos homens podem discernir as coisas a uma pequena distância, os da águia podem fazê-lo a uma distância maior; os de um anjo o que está a uma distância mil vezes maior, talvez possam ver toda a superfície da terra de uma vez; como não verá o olho de Deus todas as coisas através de toda a extensão da criação? Consideremos especialmente que nada está distante daquele em quem “nós vivemos, nos movemos e temos nosso ser.”
 O Salmo 104:5-30  afirma que o Espírito Santo continua atuando hoje na perspectiva da renovação da natureza e do cosmos. Deus não apenas criou, mas continua mantendo, renovando e criando dentro da criação. O texto se refere a preservação da vida, dizendo que Deus prossegue mantendo-a através do envio do seu Espírito.

IV. ELE É DEUS PORQUE POSSUI ATRIBUTOS DIVINOS.
         A palavra  atributo, vem do latim ad, para, e tribuere, atribuir, ou seja, aquilo que é atribuído a alguma coisa. Na teologia cristã, o termo veio a ser usado para indicar aquelas qualidades ou propriedades atribuídas a Deus, como parte de sua natureza.
         Champlin, em  sua enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia, apresenta algumas definições de célebres filósofos e teólogos
1.                Para Aristóteles, “o mundo divide-se em substâncias individuais e atributos dessas substâncias. Os atributos são aquelas características predicáveis à substância, seguindo as categorias de tempo, lugar, relação, espaço, posição, estados ativo ou passivos, etc.”
2.                Para Tomás de Aquino, e também no escolasticismo, isso “envolvia uma adaptação das idéias aristotelianas, com elementos transcendentais adicionais, com o único, o verdadeiro, o bom atributo de tudo, e especialmente, no caso de Deus.”
3.                Para Spinoza, “os atributos, são aquelas características que constituem a essência.”
4.                Na teologia, os atributos de Deus, podem ser definidos como aquelas características que distinguem a natureza divina, inseparáveis da idéia de Deus, e que constituem a base e a razão de suas diferentes manifestações as suas criaturas.  
ATRIBUTOS DO ESPIRITO SANTO 
Há três atributos pertencentes à deidade de cada uma das pessoas da Trindade que são: Onipotência, Onisciência e Onipresença. Estes atributos não foram conferidos a anjos nem aos homens.

a) Onipotência

Por onipotência se entende que todo o poder que há no Universo físico ou espiritual, tem sua origem em Deus.
O poder do Pai é o mesmo existente no Filho e no Espírito Santo. Então em sua onipotência, o Espírito Santo faz o que lhe apraz, realizando milagres e prodígios (Rm 15.19 por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo; de maneira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo).

b) Onisciência

Onisciência vem de duas palavras latinas: "OMINES" que significa TUDO e "SCIENTIA" que quer dizer CIÊNCIA. O Espírito Santo, do mesmo modo que o Pai e o Filho, tem total conhecimento de todas as coisas. Sua sabedoria é infinita, singular e indescritível. Ele sabe tudo acerca de si mesmo e do que criou Sl 139.2,11,13 (SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda). Conhece os homens profundamente 1 Rs 8.39 (ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, perdoa, age e dá a cada um segundo todos os seus caminhos, já que lhe conheces o coração, porque tu, só tu, és conhecedor do coração de todos os filhos dos homens;).
Ninguém pode esconder dele coisa alguma. Nem um só pensamento nosso passa despercebido do Espírito Santo Jr 16.17 (Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; ninguém se esconde diante de mim, nem se encobre a sua iniqüidade aos meus olhos).

c) Onipresença

O Espírito Santo penetra em todas as coisas e perscruta o nosso entendimento, pois ele está presente em toda a parte. Ele não se divide em várias manifestações, porque sua presença é total em cada lugar onde estiver: Sl 139.7-10 ( Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.
d) Imutabilidade.

 Ela é própria do Espírito Santo. Significa que Ele está livre de toda mudança (Ml 3.6).
Tudo o que se diz a respeito dele, como Deus Espírito, é perfeito e imutável. Este atributo não é exclusivo de uma pessoa da Trindade, mas pertencem as três (Rm 1.23; Hb 1.1
e) Eternidade
 .
 Ela é um atributo intrínseco na divindade (Hb 9.14). Por isso, o autor da Carta aos Hebreus identifica o Espírito Santo como “o Espírito Eterno”.
Ele transcende a todas as limitações temporais. Dois outros termos ligados à eternidade ilustram e aclaram ainda mais este atributo.
O Espírito Santo é infinito e imenso. Por infinidade, entende-se que sua existência não tem fim. Nada confina o Espírito Santo no espaço, nem o retém no tempo. Por imensidade, compreende-se que o Espírito é total, pleno e completo. Ele não se divide, mas pode estar presente em toda parte com todo o seu Ser (Sl 139.7-12).
Notem isto: os anjos são espíritos criados sem corpos materiais, mas nem por isso estão em todo o lugar ao mesmo tempo. Os homens são espíritos corporalizados e, portanto, limitados no espaço. Nem aos anjos e nem aos homens lhes é atribuída à qualidade divina da “imensidade”. A plenitude pertence, de fato, única e exclusivamente à divindade (Sl 97.1-12).
     V. O ESPÍRITO SANTO É DEUS PORQUE POSSUI NOMES DIVINOS.
           Ele é chamado Espírito de Deus (I Co 3:16)
        Espírito do Senhor (I Is 11:2)
        O Espírito do Deus vivente ( II. Co 3:3)
        O Espírito de Cristo  (Rm 8:9)
        O Espírito de vida (Rm 8:2)
        O Espirito de adoção (Rm 8:15).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A hospitalidade em Zâmbia.

Dentre as muitas coisas interessantes que vi em minha viagem missionária à Zâmbia, a que mais me impressionou foi a forma calorosa, atenciosa e amorosa com que fomos recebidos pela igreja do Zâmbia. A alegria era contagiante, a felicidade indescritível, a avidez por receber a palavra de Deus ministrada pela equipe, era algo comovente.
Quando chegávamos nos locais de ministração, eramos recebidos com música , dança, celebração e muito entusiasmo. Alguns irmãos imediatamente pegavam as nossas bolsas, conduziam os nossos pertences e os colocavam nos lugares que estavam reservados para nós. Na hora das refeições, serviam-nos com uma simpatia fora do comum, traziam água morna, lavavam as nossas mãos, antes e depois das refeições. Vivenciando aquele contexto agradabilíssimo, lembrei-me das palavras de Paulo dirigidas a igreja de Roma, registradas no capitulo 12 versos 9-13 da sua epístola aos romanos.
"O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espirito servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; PRATICAI A HOSPITALIDADE".
A Bíblia diz que Ló sem saber hospedou anjos em sua casa. Penso que é tempo de refletirmos um pouco mais sobre a necessidade de desenvolvermos este dom em nossas vidas. Vivemos hoje num mundo de muita violência, insegurança e animosidade, esses fatores nos deixam desconfiados. No entanto é preciso ter cuidado para não invertermos os valores e corrermos o risco de nos tornamos individualistas, insensíveis e indiferentes. É hora de olharmos para a palavra e  coloca-la em prática. Dessa forma, nos tornaremos cristãos mais solidários, mais humanos, mais calorosos e mais humildes. Sigamos o exemplo de hospitalidade manifesta na vida dos zambianos!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Zambia foi impactada pelo poder de Deus.

A experiência de pregar a palavra de Deus em Zâmbia, África, foi simplesmente maravilhosa. Estivemos primeiro em Lusaka, capital da nação, depois em chingola que fica cerca de 400 quilômetros de distancia da capital da nação. Chingola possui uma grande mina de cobre que se constitui a principal fonte de riqueza da cidade e também  do País.
Mesmo tendo sido colonizada pelos britânicos e sendo a população constituída de  30% de cristãos, contudo verificou-se uma grande opressão maligna, inclusive na maioria dos cristãos. Quando orávamos, muitos caiam completamente endemoninhados, depois descobrimos que a maioria deles, quando tinham problemas, procuravam ajuda nos feiticeiros.
O que aconteceu ali foi algo tremendo, muitos foram libertos do poder do diabo, outros foram curados, a igreja foi renovada e o ânimo dos pastores e líderes restaurado.
Digno de destaque foi o caso de uma mulher que era surda há vinte anos, que após a oração, começou a ouvir perfeitamente!!!
Outra cura surpreendente foi de uma mulher que sofria de uma hemorragia havia cinco anos, no momento da oração o Senhor a tocou e ela foi completamente curada daquele mal.
Presenciamos sinais, prodígios e maravilhas se manisfestando naquela nação. Principados e Potestades foram amarrados, o trono do inferno abalado e o nome de Jesus foi glorificado.
Realmente Zâmbia oi impactada pelo poder de Deus.
O LOUVOR TRANSBORDANTE
TEXTO: ISAIAS 12:1-6.

Neste pequeno capítulo temos um cântico de salvação. Este cântico aborda alguns elementos interessantes:

1.       Perdão: “A tua ira se aplacou (v.1). Para saber como isto pode ser, havemos de olhar para o calvário.
2.      Salvação:(v.2) o perdão do pecado é seguido pela libertação do pecado. A culpa é expiada, o poder do pecado é quebrado.
3.      Manifestação da graça: (v.3) As fontes da salvação representam a suficiência graciosa que se encontra em Cristo.
4.      Louvor e testemunho (v.4-6) aqui temos 4 exortações: dar graças; invocar o nome; fazer notório os seus feitos; a declarar que exaltado é os eu nome.

Quero considerar o assunto fundamentando-me em três pontos principais.

I.                    O QUE É LOUVOR.
O louvor é um dos assuntos mais cêntricos da Bíblia. Várias palavras hebraicas e gregas que expressam esse assunto. O termo hebraico mais comum é Hallal cuja raiz significa fazer barulho. Yada, movimentos corporais que exprimem louvor. Zamar, louvor expresso mediante cânticos ou instrumentos musicais. No N.T, a palavra mais comum é eucharistéo: agradecer. Há também a palavra grega eulogéo: abençoar, bendizer.
Então louvar significa magnificar, aprovar, honrar, glorificar, oferecer ações de graças, elogiar, adorar, aclamar.
Louvar é reunir todos os feitos que conhecemos de Deus e expressa-los em palavras e cânticos numa atitude de exaltação e glorificação ao seu nome.
Quando expressamos nossos louvores, estamos atraindo a presença dos anjos de Deus e pondo os demônios a correr. (Sl 145: 1-7).
O louvor é o sacrifício espiritual ordenado aos cristãos (Hb 13:15).
Sacrifício implica que há um custo. Significa que não vou depender das disposições da minha carne ou sentimentos nem das circunstâncias para louvar a Deus. Ainda que esteja atravessando crises, dores, sofrimentos ou cansaço, haverá em meus lábios uma expressão de louvor. (Hc 3:19).

II.                  RAZÕES PARA SE LOUVAR
O louvor é prestado a Deus pelas seguintes razões:
a) Por sua majestade Sl 96: 1-6
b) Por sua glória Sl 138:5
c) Por sua excelência Sl 148:13
d) Por sua grandeza Sl 145: 3
e) Por sua bondade Sl 107:8
f) Por sua misericórdia Sl 89:1
g) Por sua longanimidade e veracidade Sl 138:2
h) Por sua salvação Sl 18:46
i) Por suas maravilhosas obras 89:5
j) Por suas consolações 42:5
l) Por seus juízos 101:1
m) Por seus conselhos eternos 16:7
n) Porque ele perdoa pecado 103: 1-3
o) Por sua proteção 71:6
p)Por seu livramento 40:1-3

            III.        TIPOS DE LOUVOR

  1. Louvor como arma contra o inimigo 2 Crônicas 20:19-22).
Quando o inimigo se levantar contra você; quando a crise bater à sua porta; quando parecer que um vendaval vem para destruir sua vida, não entre em pânico. Erga a voz em altos louvores ao Senhor de toda a terra. Dele é a guerra e ele está do seu lado. Sua função é louva-lo a dele é dar-lhe a vitória. Há um poder invisível no louvor, que é qual bomba atômica sobre o inimigo. Ele tenta todas as maneiras de lançar-nos no desespero, na angustia, na dúvida, no medo, mas se cada vez que investe contra nós nos encontra louvando a Deus, não terá outra alternativa senão reconhecer sua derrota e afastar-se envergonhado.

  1. Louvor em forma de cântico novo Sl 40:1-2.
Louvor não é encenação, não é mimetismo, não é ritualismo, não é emocionalismo, não é seguir fórmulas pré-estabelecidas.
Louvor que saltita e pula, mas não vive em santidade é ofensa a Deus.
Louvor que apenas verbaliza coisas bonitas pra Deus, mas não leva Deus à sério na vida, é fogo estranho diante do Senhor.
Louvor que não produz mudança de vida, quebrantamento, obediência e não leva as pessoas a confiarem em Deus, não é louvar, é barulho aos ouvidos de Deus.
O louvor que agrada a Deus é o expressar em espírito e em verdade.
Davi fala-nos sobre as balizas do louvor que agrada a Deus: Sl 40:3
·         Vemos a origem desse cântico: “E me pôs nos lábios um novo cântico”. Ele vem de Deus e não do homem.
·         Vem a natureza dele: e me pôs nos lábios um novo cântico. Não é uma nova edição, mas novo em sua natureza, é um cântico que expressa a marca de uma nova vida, liberta do tremendal da lama (v.2)
·         O objetivo: um hino de louvor ao nosso Deus, não é cântico para entreter ou agradar o gosto ou preferência das pessoas. Esse cântico vem de Deus e volta para Deus. Deus é o seu alfa e o seu ômega.
·         Vem o resultado do cântico: Muitos verão estas coisas, temerão e confiarão no Senhor. O louvor bíblico leva as pessoas a temerem a Deus, a confiarem em Deus. O verdadeiro louvor leva as pessoas a se voltarem para Deus.

  1. O louvor universal
Em primeiro lugar o Apocalipse 4:6-8 mostra a doxologia dos 4 seres viventes ao que está assentado no trono. Quem são esses quatro seres viventes que estão no meio e ao redor do trono? Alguns entendem que eles representam os quatro evangelhos. O leão mostra Jesus como rei.( Mateus). O novilho mostra Jesus como servo (Marcos). O homem mostra Jesus como o homem perfeito (Lucas). E a águia mostra Jesus como aquele que veio do céu e volta ao céu (João).
 Outros pensam que eles representam a totalidade da natureza. Cada figura tem preeminência em sua própria esfera. O leão é supremo entre os animais selvagens, o boi entre os animais domésticos, a águia é o rei das aves e o homem o supremo entre todas as criaturas viventes.
O que esses quatro seres viventes fazem? Eles proclamam sem cessar a santidade, a onipotência e a eternidade de Deus (4:8).
 Em segundo lugar vemos a doxologia da igreja ao que está assentado no trono (4:10-11).
João fala sobre três coisas importantes:
Primeiro o objeto da adoração. Os remidos adorarão Àquele que está assentado no trono e vive pelos séculos dos séculos.
Segundo, os atos da adoração. A igreja se prostra diante d’Aquele que está assentado no trono.
A glória deles é glorificar ao que está assentado no trono. Eles depositarão suas coroas diante do trono em sinal de total submissão e rendição.
Terceiro, as palavras da adoração. Tu és digno Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder. O trono de Deus está no centro do universo. Tudo acontece a partir do trono. Graça e juízo emanam do trono. Todo o louvor e glória são dirigidos Aquele que está assentado no trono.

 Em terceiro lugar temos a doxologia universal. O Cordeiro é adorado por quem Ele é: leão de Judá, Raiz de Davi e Cordeiro que foi morto (5:5-7). Também é adorado por onde está? Ele está no trono (5:6). De igual forma, Ele é adorado pelo que fez: com o seu sangue nos comprou para Deus e constituiu-nos reino e sacerdotes (5: 9,10). Ainda ele é adorado por aquilo que tem: a adoração de todo o universo (5:11-14).
            Que tipo de cântico é esse que lhe é entoado? Warren Wiersbe, comentado este texto, diz que João menciona aqui quatro cânticos: Primeiro, cântico de adoração? Tu és digno. Segundo, cântico de pregação: “Porque foste morto”. Em Gênesis 22 o cordeiro substitui Isaque (Cristo oferecido para o indivíduo). Em Êxodo 12:3, na Páscoa, o cordeiro foi morto por uma nação. Mas João 1?29 diz que o Cordeiro morreu para salvar os que procedem de todo o mundo. Terceiro, cântico missionário: “compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”. Quarto, cântico devocional: “e os constituíste reino e sacerdotes” e, finalmente, cântico profético: “e reinarão sobre a terra”.
            Segundo Charles Erdman, os cânticos destes dois capítulos são dois grandes oratórios. 1) O oratório da criação (Cap. 4); 2) O oratório da redenção (Cap.5). Oratório é um gênero musical dramático, com solos e coros, acompanhados de orquestra. Aqui as vozes da igreja glorificada, dos serafins,dos anjos e da natureza se unem para o louvor celestial.
            Primeiro, o culto ao Criador começa com um quarteto, cantando o hino seráfico: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir”.
            Segundo, a isso segue o coro, constituído de vinte e quatro anciãos, a igreja, que prossegue o louvor do Criador: “Tu és digno Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas ”.
            Terceiro, então se ouvem os solistas: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?”.
            Quarto, vem o responso: “o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos”.
            Quinto, e quando o Cordeiro toma o livro da mão do Criador, ouvem-se em uníssono o quarteto e o coro dos anciãos, no novo cântico: “Digno és de tomar o livro e abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes: e reinarão sobre a terra”.
            Sexto, prorrompe o coro majestoso. São anjos que cantam. Vozes de milhões de milhões e milhares de milhares avolumam o canto triunfal: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra e glória, e louvor”.
            Sétimo prossegue o canto num arrebatador até alcançar o clímax de grandioso final. Não somente a igreja, os serafins, os anjos se combinam, mas ouve-se “toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há” louvando ao Criador e ao Redentor: “Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, eo domínio pelos séculos dos séculos”.
            Por fim, quando serena o estrondo do coro universal, ouve-se grandioso “AMÉM”, que parte dos lábios dos quatro seres viventes, os serafins. Segue-se um silêncio ofegante, e os anciãos (a igreja) se prostram e adoram.
            É assim a música do céu: Ao mesmo tempo em que ela é cheia de entusiasmo, produz profundo senso de adoração, a ponto de a igreja prostrar-se! Ninguém pode contemplar o Senhor na Sua beleza e no Seu fulgor, sem se prostrar.